Capítulo 7: Desaparecimento
Algumas horas atrás, antes do confronto com Zacharie, a vida parecia normal, porém sem notar, as engrenagens do destino começaram a girar.
Sanzashi havia recebido uma carona de seu gerente do host club para encontrar Kamui na delegacia, após a discussão entre os dois, ele voltou para o veículo, apesar de sua expressão calma, ainda podia-se sentir uma inquietude no rapaz.
- Escuta, Sanzashi, precisa se recompor, nosso melhor anfitrião precisa estar em perfeitas condições para tudo funcionar. Sei que não posso falar muita coisa, afinal é uma questão familiar, mas vamos deixar a vida pessoal e o trabalho separado, beleza? - O homem estava utilizando uma roupa de garçom e possuía um rosto de delinquente, porém sua postura permanecia tranquila.
- Entendido, senhor. Perdão por te fazer me trazer aqui, essa atitude não vai se repetir. - Ele passou a olhar para a janela e encarar a paisagem enquanto eles se direcionavam para o clube, essa breve conversa foi a única interação que eles tiveram, permanecendo um silêncio entre ambos.
Sanzashi trabalha como anfitrião desde seus 20 anos, com o intuito de pagar os estudos de Kamui. Porém, após seu irmão desistir de ir para a faculdade e começar a trabalhar, o Akame mais velho já era uma figura famosa na vida noturna, sendo difícil encontrar um emprego diferente. Além disso, seus chefes eram compreensivos com ele, uma vez que era capaz de trazer muitos lucros por conta de sua bela aparência. Não era um trabalho bem visto, porém Sanzashi não odiava ter condições de pagar seu teto e ter comida na mesa, embora a indústria esteja na zona cinzenta.
Ao chegar no clube, o gerente logo sinaliza para os rapazes e Sanzashi entrarem em posição para abrirem o local, avisando que neste dia haveria o ranqueamento das vendas, o que animou a todos, haja vista que quanto melhor colocado, maior o bônus de salário e o tratamento.
- Mandem seus sorrisos mais encantadores e façam seus clientes pedirem muitas bebidas, hoje a noite promete altos lucros, é o começo da alta estação.- O gerente afirma esfregando as mãos e então batendo palmas três vezes. - Enfim, dêem seu melhor hoje, pessoal.
Assim começou um dia de trabalho para Sanzashi, apesar de Host clubs serem majoritariamente atrativos para mulheres, a maioria das clientela de Sanzashi eram homens de muito poder aquisitivo, assim que o estabelecimento abre, um deles logo chega.
- Bem vindo, senhor, conhece as regras do ambiente? Gostaria de requisitar algum... - Um dos atendentes tenta ser educado, mas é logo interrompido.
- Gostaria de conversar com o Sanzashi a noite toda, aqui está o pagamento adiantado. - O homem entrega uma pilha de dinheiro em espécie e logo o gerente aparece, reverenciando-o.
- Claro, como o senhor quiser. Sanzashi, temos um cliente para você, ele te requisitou pelo expediente todo. - O Akame aproxima-se e o gerente cochicha no ouvido dele. - Extraia cada iene que ele tiver. - O rapaz apenas assente com a cabeça. O homem é então escoltado junto a Sanzashi para um assento luxuoso, ele permitia as pessoas terem o máximo de espaço e conforto, além de possuir iluminação a candelabros. Ao se sentarem, é oferecida uma cartela de bebidas ao cliente, que começa a observar a sessão mais cara.
- Para iniciar, gostaria de um champagne Patrón. Vamos ter uma conversa longa, quanto mais durar, mais cara a bebida. Aproveite bem, Sanzashi. - Ele chega perto do rapaz e passa o braço sobre o ombro dele e começa a acariciar os cabelos dele.
- Agradeço, senhor cliente.- O Akame apenas ignora essa atitude e começam a conversar enquanto a bebida é servida. Alguns minutos, o homem já estava completamente bêbado e havia gasto muito em bebidas caras. Sanzashi, no entanto, permanecia completamente são, apesar de todas as tentativas de embebedá-lo.
- Zanzaxi, eu kiria memo era te levá pra casa, eu ia tratá vucê muito beim. Ninguéim me feis zentir nada comu vucê. - O homem falava as palavras com dificuldade, a ponto de causar confusão na compreensão. Apesar de tudo, Sanzashi entendeu a mensagem e apenas vira um copo de uísque em sua boca e faz uma expressão indiferente.
- Perdoe-me, senhor. Não somos esse tipo de estabelecimento. Além disso, creio que o senhor esteja alucinando por conta da bebida, vou escoltá-lo para um táxi. - Ele se levanta e o homem desesperado o segue até a rua, onde o Akame pede um táxi em meio a neve que estava prestes a cair em grande quantidade.
- Nãum fala azim, ti reservei pela noiti toda, vucê pudia vivê como bem quizessi.- Ele tenta abraçar o rapaz por trás, mas ele esquiva, levanta a mão esquerda e empurra o homem com a direita, fazendo-o cair dentro de um táxi que havia sido chamado.
- Obrigado, espero que volte de novo. - Ele acena enquanto o carro se distancia e o homem o encarava pelo vidro traseiro. Após esse evento, o rapaz retorna para dentro do clube e o gerente o encara, nitidamente incomodado.
- Ei, esse cliente estava gerando muita grana e você o fez sair sem pagar, como vai se responsabilizar por isso?
- Eu já fiz ele pagar adiantado. Foi um valor de cerca de quase 10 milhões de ienes, não precisa se preocupar. - A expressão dele permanecia calma enquanto o gerente aos poucos retomava a compostura. - E além disso, ele estava começando a confundir minha função aqui, já não mantinha o pleno juízo. Apenas tomei a atitude mais adequada para ajudá-lo.
- Sanzashi... você poderia extrair muito mais dinheiro dele, mas se apega a essa moralidade estranha. Confia no meu conselho: Nessa indústria, quem joga limpo demais é prejudicado.
Após esse aviso, o Akame apenas volta a andar no salão, atendendo a clientela durante o expediente. Porém, subitamente seu corpo começa a agir estranhamente, uma vez que durante seu atendimento, Sanzashi se levanta do assento e começa a rumar para fora do clube, sem autorização, o gerente corre atrás dele, chamando-o pelo nome.
- Volta aqui, Sanzashi! Seu expediente não acabou!
- Se eu pudesse, eu faria. Mas meu corpo não responde! - Ele permanece tentando parar, porém nada adianta, não entendia o que estava a acontecer, desconhecia o motivo dessa súbita atitude.
- Se não voltar agora, vai ter problemas pra você e para aquela "coisa" que mora com você! Minha paciência tá curta! - O gerente permanecia a correr atrás de Sanzashi, porém de repente ele desaparece de vista, irritando o homem. - Chega! Ninguém sai desse clube sem mais nem menos! Eu sei onde você mora!
Os gritos foram perdidos em meio a rua enquanto o Akame tentava fazer seu corpo parar, era como se ele não tivesse controle de sua vontade. Depois de algum tempo a andar, ele parou em uma área mais antiga da cidade, com estruturas rachadas e condições insalubres, sem saber o que fazer, ele apenas aceitou o que acontecia, quando subitamente recupera seus movimentos ao chegar em frente a uma fábrica abandonada que já estava coberta de neve, foi quando Sanzashi notou que havia saído em meio à neve.
- Por que eu vim parar aqui? Enfim, não posso mais voltar para o clube agora... e está frio aqui, melhor eu me abrigar, pode não ter muitas formas de me aquecer aqui dentro, mas é melhor que ficar aqui fora nessa neve.
Dito e feito, ele abre a porta da fábrica e quase é acertado por uma estaca de gelo, que teria o matado se não houvesse fechado a porta a tempo.
- Então quer dizer que tem outros além de você aqui. Talvez 10 segundos seja muito tempo.
- Ei, ei. Eu fui o único da "Seita" enviado para levar o "Messias", minhas habilidades foram consideradas o suficiente, não me lembro de mais ninguém ter ido. - Por trás da porta, havia uma discussão intensa entre duas pessoas, porém não eram vozes que Sanzashi conhecia.
- De qualquer forma, responda: Onde mandou aquele garoto? O tempo está acabando, sua cabeça vai voar.
- Raret, onde em Raret? Eu mesmo não faço ideia, os destinos dos portais são aleatórios.
- Se estiver mentindo, sabe o que vai acontecer!
- Eu valorizo muito minha cabeça, prefiro ficar com ela. Não tenho motivos para mentir, nada que façam vai impedir o resultado, de qualquer forma.
Quando Sanzashi ouviu essa conversa, a porta foi aberta forçadamente, revelando uma garota de cabelos castanhos e roupas de frio encarando o rapaz com estacas de gelo flutuando ao seu redor.
- Quem é você? Está com o demônio, ou é membro da "Fé"? Não tente nada.
- Demônio? "Fé"? Raret? O que é tudo isso? - Sanzashi mostrava confusão em seu tom de voz, apesar de sua feição permanecer inalterada, quando atrás da garota, nota duas figuras, alguém preso em gelo e uma pessoa de cabelos alaranjados inconsciente. - Nanaki?! O que houve com ela?
- Como conhece a minha irmã? - Ambos se encaram e Sanzashi inclina a cabeça.
- Ela nunca me disse que tinha uma irmã, devem ser circunstâncias complicadas...
- Responda minha pergunta! Do contrário, vou presumir que veio fazer algum mal. - As estacas de gelo apontam para Sanzashi, que ainda não entende o que estava a acontecer.
- Bom, ela é alguém que prezo muito, é amiga do meu irmão, eles normalmente são como carne e unha. Bom, poderia deixar de apontar essas... estacas flutuantes? Tá, o álcool deve ter feito efeito agora. - Ele suspira e coloca a mão direita sobre a cabeça, coçando-a. - Enfim, posso ver a Nanaki? Ela parece em um estado bem ruim.
-Se estiver mentindo, não vou hesitar, fique sabendo disso. - Ela ameaça e o deixa entrar, o que o jovem faz imediatamente, caminhando até chegar próximo a Nanaki e checar a condição dela.
- Ela parece ter alguns ferimentos graves, mas não corre risco de morte, que alívio. - Ele fecha os olhos e suspira aliviado e, subitamente, o corpo de Nanaki brilha e seus ferimentos desaparecem, surpreendendo a ele e Yuuki.
- O que você fez?
- Eu? Achei que tivesse sido você.
A dupla estranhou a circunstância anormal de Nanaki, quem lentamente abriu os olhos e observa aos arredores, quando se lembra de algo e se assusta.
- Kamui! - Ela grita esse nome e quase salta em susto, porém esse nome atrai a atenção de Sanzashi.
- O que tem o Kamui, Nanaki? Aconteceu alguma coisa? - Nesse instante, ele observa com mais cuidado, e nota as orelhas e cauda de Nanaki, colocando um dedo sob o queixo.- E que fantasia é essa, o dia das bruxas já passou.
- Sanzashi? O que faz aqui? Não, isso não é relevante agora. Kamui, onde está o Kamui? - Essa pergunta deixou o Akame mais velho confuso e preocupado, uma vez que só havia a garota por perto, sem sinal de seu irmão.
- Em Raret, irmã. Parece que ele foi parar lá. - Yuuki que observou toda a situação atentamente, desistindo de tentar compreender o estranho fenômeno, enfim se pronuncia.
- Raret?! Mas por que levaram ele? Não tem sentido algum.
- Deve ter alguma coisa a ver com aquela história de "Messias". Mas antes, preciso perguntar, essa pessoa é confiável? - Ela questiona apontando para Sanzashi que apenas tenta entender a situação.
- Sim, o Sanzashi é bem mais calmo com essas coisas que o Kamui.- Ela sorri, fazendo Yuuki enfim baixar a guarda perto do rapaz.
-Eu realmente não entendi muito, o que aconteceu com o Kamui? - O perdido Sanzashi ainda procurava respostas a respeito da atitude de Nanaki, que apenas olha para Yuuki e anda até Sanzashi. - O que tá acontecendo aqui?
-Eu vou explicar tudo, só não surta.- Ela olha para a outra garota.- Vou conversar com ele a sós lá fora, volto logo.
-... Tudo bem... se der problemas, avise.
Os dois saem da fábrica e conversam sob a neve, Nanaki começa a explicar sobre Raret, quem ela realmente era e a respeito do desaparecimento de Kamui. Ao fim da explicação, Sanzashi estava com as duas mãos sobre a cabeça, tentando digerir toda a informação.
-Quer dizer que existe outro mundo, tipo aquelas histórias de "Isekai"? É meio difícil acreditar, mas se você diz com tanta convicção, não posso simplesmente duvidar.
-Eu sei que disse pra não surtar, mas você tá estranhamente calmo.
-Eu tô surtando...- A face dele permanecia inalterada, deixando a garota em dúvida. - Mas enfim, quer dizer que meu irmão foi para esse mundo, Raret. Mas por que foram atrás dele?
-É isso que não entendi também. Ele apareceu do nada chamando o Kamui de "Messias" ou algo do tipo, foi tudo tão rápido que nem consegui reagir direito.
Enquanto ambos estavam pensativos, Yuuki saiu de dentro da fábrica para os chamar, sua expressão indicava urgência.
- Acho que vocês vão querer ouvir isso. Parece que há mais nisso do que pensei. - Após mencionar isso, os três entram dentro da fábrica e encaram o demônio preso.
- Então isso é um dos demônios que você falou, Nanaki? Eu nem tinha percebido esses chifres quando o vi aqui.
- Por que você não estranhou nada quando entrou?
- Não achei que fosse fazer muita diferença, estava com frio, só queria sair da neve logo.
- Às vezes não sei se você é desatento ou despreocupado. - Ela faz uma expressão confusa e Yuuki chama a atenção dos dois.
- Muito bem, diga de novo. O que é essa história de "Messias"?
-O pivete é quem a "Seita do Fim" tem procurado nos últimos 20 anos. A criança que poderá trazer o fim e o recomeço do mundo. Em breve, essa realidade será apagada, junto dos Mythis imundos. - Esse comentário fez Nanaki arregalar os olhos e quase avançar para cima do imobilizado demônio, porém Sanzashi a para.
- Não adianta, Nanaki. Ele está só querendo te provocar. Senhorita Yuuki, como podemos chegar em Raret, eu ouvi mais cedo ele mencionar que não se sabe onde meu irmão foi parar naquele mundo.
- Os portais para Raret estão espalhados pela Terra, eu vim por um, mas é longe daqui. Quanto mais tempo demorar, pior fica.
- Como assim?
-Se o que ele diz é verdade, então a Seita deve estar vasculhando Raret inteira atrás daquele garoto. Não temos muito tempo. - Ela explica enquanto permanece encarando o demônio.
- Kamui... Por favor, Yuuki, me ajuda a encontrar ele. Ele é alguém importante, pra mim e pro Sanzashi. - Nanaki encara a irmã, quem respira fundo e concorda, aproximando-se do demônio.
- Muito bem, onde está o portal mais próximo?
- Creio que isso eu não poderei responder. - Ele olha para o lado e, subitamente, seu corpo é envolvido por chamas negras que o fazem virar cinzas rapidamente.
- Quem está aí? - Yuuki corre para a janela e nota uma figura misteriosa coberta por um manto preto e com uma máscara em seu rosto, porém ela desaparece rapidamente. - Droga!
- Não tem outro jeito, Yuuki? Qualquer jeito. - Nanaki fica preocupada ao não receber resposta, porém Sanzashi coloca uma mão sobre o ombro dela.
- Não se preocupe, com certeza deve haver.
-... Conheço outro... mas vai levar um pouco de tempo. Precisam confiar em mim. - Quando Yuuki disse isso, os dois assentem com a cabeça sem pensar duas vezes e a garota fecha os olhos, começando a andar para fora da fábrica sem enxergar. Apesar de não entenderem o que estava a acontecer, Sanzashi e Nanaki apenas a seguem sem questionar.
Após um tempo de caminhada, eles chegam na área residencial da cidade, com prédios e muita movimentação de veículos, Yuuki então aponta para cima.
- Tem um portal no topo desse prédio.
- Mas como vamos chegar lá? É um edifício que nem todos podem entrar sem permissão. - Sanzashi apontou, até que Yuuki indica as escadas laterais. - Espere, isso é invasão de privacidade. Não podemos fazer isso.
- Eu não consigo não me preocupar com o Kamui, Sanzashi... mesmo que isso signifique mudar o que eu sou... a vida do meu amigo é mais importante. - Nanaki afirma, fazendo o Akame se silenciar. - Desculpa, eu sei que você quer salvar seu irmão tanto quanto qualquer um.
- Vamos logo. - O trio começa a subir pela lateral do prédio até atingir a cobertura, onde Yuuki apontou um lugar específico. - Aqui tem um portal, porém parece ser uma viagem só de ida. Têm certeza disso?
- Raret ainda é meu lar e o Kamui é meu amigo, não posso virar as costas pra tudo assim.
Sanzashi nada diz, apenas remove um broche do host club de seu terno, confirmando sua determinação, fazendo Nanaki sorrir.
- Muito bem. Para o portal funcionar, compartilhem uma emoção intensa. Isso tem que ser feito por vocês dois, já que não sinto apego por aquele garoto, nem conheço ele direito.
Com as instruções de Yuuki, a dupla começa a lembrar de seus momentos com Kamui, alegria, tristeza, raiva, medo e amor. Sentimentos que foram manifestados ao mesmo tempo e, com isso, um raio caiu na cobertura e o portal se abre em um azul resplandecente.
- Esse vai ser o último aviso, vai ser só de ida, para voltarmos, teremos que achar outro portal. Em Raret não é tão fácil rastrear um como aqui.
- Eu estou pronto, não planejo abandonar meu irmão.
- Também tô pronta.
Yuuki sorri fracamente e encara o portal com uma expressão séria.
- Muito bem, hora de irmos, então. - O trio entra no portal e tudo passa a brilhar enquanto, na Terra, o portal desaparece.
-"Kamui, aguenta só um pouco, eu vou chegar até você." - Esses são os pensamentos de Sanzashi enquanto atravessa o estranho espaço.
Em outro lugar, Kamui desperta e enxerga um teto de madeira antigo, porém bem cuidado. Seu corpo estava dolorido para se mover, porém era capaz de mexer a cabeça. Ele observa os arredores e nota várias camas, estando ele mesmo deitado em uma.
- Onde eu tô... que lugar é esse. Ai, que dor! Por que tô enfaixado assim? - As perguntas dele se desfaziam ao ar, uma vez que não notou ninguém por perto.
Permanecendo deitado por um tempo, o som de rangido é ouvido, fazendo-o observar uma porta sendo aberta. Essa ação deixou Kamui inquieto, porém nada podia fazer.
-Ah, nossa. Enfim acordou, seu estado era sério. Ficou inconsciente por uma semana. - Uma mulher com roupas de empregada, cabelos e olhos castanhos, trajando uma faixa na testa observa Kamui que ficou confuso.
- O que? Uma semana? Onde eu tô?
-Hum? Te achamos inconsciente perto do varal, cuidamos de você um pouco. Mas é um milagre estar bem, seus ferimentos eram graves.- A moça sorri levemente.- Você está no Orfanato Solaris, cuidamos de crianças Mythis que perderam suas famílias.
-"Mythis? Aquela coisa que a Nana falou? Espera... aquela coisa me atacou e depois tudo ficou escuro. Será que... eu fui pra outro mundo?"- Esses pensamentos deixaram o garoto confuso enquanto tentava assimilar tudo. Uma aventura estava prestes a ter seu início.
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